Muitos dizem que o excesso de gel e a atenção das câmeras andam tendo mais presença nos campos do que o talento que por sinal está sendo escondido na seleção brasileira de futebol. Parece que a união de prodígios queridos e veteranos cansados já não dá mais tanto certo.
Neste domingo muitos brasileiros amantes do futebol e grandes admiradores da seleção brasileira de futebol "metro-masculina" se encontraram em um desespero reconfortante durante mais de 90 minutos de aflição e ânsia de gol no estádio Ciudad La Plata em Buenos Aires com um bom jogo. Mas o pior ainda estaria por vir.
Preocupados com os últimos jogos de grande repercussão e poucos motivos para tal, parece que as últimas moedas de esperança foram arrancadas a força de cada membro da torcida, mídia e até simpatizantes que por mais patrióticos que sejam reservavam suas apostas para outra ocasião.
Desta vez quem economizou esperanças teve razão e presenciou um evento raro: os reis que dominam horas de apreciação ou críticas em reportagens e elogios agora arrecadaram míseros minutos abafados e nem tão valiosos na mídia, apenas boas reclamações.
E estas reclamações começam a surgir por parte de comentaristas como Galvão Bueno que afirma: "O Brasil foi eliminado de uma forma absurda, porque bater quatro pênaltis e não marcar nenhum, chega a estar perto do absurdo, do ridículo", indo contra muitos que comparam a saída do Brasil da Copa América de 2011 com a seleção italiana na Copa do Mundo de 1994 quando Roberto Baggio errou o pênalti histórico, mas se pararmos para pensar e seguindo o argumento de G.Bueno a Itália ainda fez dois gols naquela disputa de pênaltis e o Brasil não fez um se quer.
Casagrande também fez bom uso das palavras: "Senti uma autoconfiança, uma soberba nos movimentos dos jogadores. Nós jogamos futebol. Marketing, aparecer, fazer pose pra aparecer no telão ou pra fazer propaganda é outra história", infelizmente há reciprocidade com a realidade neste tom tão objetivo do comentarista.
Os comentários mais leves e com total sarcasmo e ironia vieram por parte de internautas através do Twitter que até relembraram Felipe Melo da última copa e Hulk do Porto, leia alguns:
-"Garanto que se o Felipe Melo tivesse lá na porrada a gente ganhava ".
-"As aves Ganso, Pato e Pavão(Neymar) não dão conta, tem que chamar é super-herói, chama o Hulck".
-"Se ninguém gostou da atuação do Neymar, do Ganso e do Elano lá, com certeza, no Santos tá fazendo muita falta. Sejam bem-vindos de volta".
Apesar de todos estes alardes até com apelo de jogadores falando que havia um buraco na marca do pênalti e ainda uma confusão onde Lucas Leiva e Alcaraz são expulsos o presidente da CBF, Ricardo Teixeira sem delongas diz que Mano Menezes continua comandando a seleção: "O Mano continua como técnico da seleção porque houve evolução da primeira partida para essa última e o trabalho está dentro do planejado", declara.
Mesmo com mais uma derrota e milhares de críticas, a admiração pelo esporte e pelo país sempre vão existir, assim como milhares de outras críticas e derrotas estão por vir, mas a torcida nunca muda, um dia tatuagens estampadas na pele são poucas para expressar sua paixão, no outro palavrões e xingamentos não chegam nem perto do que querem fazer para demonstrar sua raiva. Assim é a torcida, faz parte de um "efeito sanfona" bipolar entre o amor e o ódio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário